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O mandarim está entre as línguas mais populares do planeta, e tem uma relevância enorme no mundo hoje em dia. A língua da gigante e poderosa China tem seu estilo todo particular, e uma beleza ímpar.

Desta vez, separamos algumas curiosidades do mandarim. Aproveite!

Um dialeto poderoso

O mandarim, língua oficial da China desde o ano de 1956, é uma variação do chinês, falada em grande parte do norte e do sudoeste chinês, incluindo a capital Pequim. Mas, trata-se de uma variação poderosa. 

Além da China, o mandarim é considerado oficial em Taiwan, Macau, Hong Kong e Singapura. E ainda conta com expressivo número de falantes na Indonésia, Malásia, Mongólia, Filipinas e Tailândia, sobretudo por conta das grandes comunidades formadas por chineses nesses países.

A palavra mandarim em si nasceu de um evento curioso, ainda dentro do contexto das transações comerciais entre China e Portugal, lá no século 17. Naquela época, somente os chineses funcionários do governo poderiam tratar dos negócios diretamente com os portugueses. Seus subordinados, mesmo que fossem próximos à hierarquia, não podiam. 

Dessa maneira, os portugueses vincularam “os que mandavam” ao nome do idioma, que se popularizou como o que conhecemos hoje, ou seja, o mandarim.

No topo do ranking das línguas

O mandarim é a língua mais falada do mundo quando se leva em consideração apenas os falantes nativos. De acordo com o compêndio Ethnologue, são 917 milhões de falantes. Aqui, deve-se ressaltar o fato da população chinesa, que é bastante significativa. Em segundo lugar, bem mais atrás, está o espanhol, com 460 milhões, seguido do inglês, com 379 milhões.

Contudo, quando se considera a soma dos falantes nativos com falantes de outras nacionalidades, o inglês assume a liderança com os 379 milhões mais os 753 milhões de pessoas que usam o inglês como segunda ou terceira língua. Neste caso, o mandarim fica em segundo, já que tem 199 milhões de falantes como segunda ou terceira língua.

Língua oficial da ONU

O mandarim está no seleto grupo de línguas consideradas oficiais dentro da ONU, Organização das Nações Unidas. São seis no total. O mandarim aparece ao lado de inglês, espanhol, francês, russo e árabe. Essas seis línguas representam cerca de 3 bilhões de pessoas no planeta, ou seja, quase metade da população mundial. Só o mandarim é responsável por aproximadamente 1,3 bilhão.

Por falar na ONU, a China, o país do mandarim, tem uma das cinco cadeiras fixas no Conselho de Segurança da ONU, junto de Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e França.

Riqueza de caracteres e gramática simplificada

Quando se fala em mandarim, é sempre bom ressaltar que não existe um alfabeto como nós, ocidentais, estamos acostumados. A lógica da língua é bem diferente, por sinal. Na realidade, o mandarim é uma junção de caracteres que, primeiro, formam uma sílaba e, depois, uma palavra. O que impressiona é a número de caracteres, que somam cerca de 80 mil. No cotidiano dos chineses, porém, usa-se aproximadamente 7 mil.

Curioso também é o fato de a gramática da língua ser apontada como mais simples quando comparadas aos populares inglês e espanhol. Isso acontece porque no mandarim não há variação de número ou gênero. E os verbos, seja no passado, presente ou futuro, são iguais. Mas, é bom que se diga, isso não significa mais facilidade na hora de aprender mandarim frente ao inglês ou espanhol.

Nome de vilão da Marvel

O mandarim é uma língua rica e popular, como vimos acima. Mas, você sabia que o Mandarim é o nome de um grande vilão das histórias em quadrinhos da estadunidense Marvel Comics? Pois é, a primeira aparição desse personagem foi em fevereiro de 1964, e seus criadores são Stan Lee e Don Heck. O Mandarim surgiu como um inimigo poderoso do herói Homem de Ferro.

O nome do vilão tem relação direta com o país asiático. O personagem foi apresentado como nascido na China no período anterior à revolução comunista. Mandarim, na visão da Marvel, é filho de um casal formado por um chinês bem-sucedido e uma mãe inglesa influente. O perfil de Mandarim é de alguém que compreende o senso de honra, mas que pretende conquistar o mundo. Interessante, não?