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O dicionário é um dos mais importantes parceiros que uma pessoa pode ter na vida. E não é exagero. Afinal, é ele quem, de forma organizada, ensina, revela a origem das palavras, dá sentido a frases e expressões idiomáticas diversas, tira dúvidas relacionadas à gramática, bem como à ortografia, entre muitas outras funções. Desempenha um papel crucial na descoberta do mundo. Pai dos burros? Nem pensar! O dicionário é na verdade o pai dos inteligentes, pois só pessoas interessadas no novo e com o coração aberto ao conhecimento se permitem consultá-lo.

Não importa a fase da vida, desde uma criança, passando por um adulto ou até um idoso pode ter e consultar um dicionário. O conhecimento não tem idade. Também não tem relevância o tipo de material, se é o impresso, mais clássico, ou o digital, de fácil consulta no celular, tablet ou computador. O que realmente importa é ter um bom dicionário em mãos, ainda mais aqueles que estão em contato frequente com um novo idioma – inglês, espanhol, alemão, francês, italiano -, tanto por lazer quanto por necessidade no trabalho.

Dicionário para crianças e adultos

Imagine uma criança em processo de alfabetização, ou então para aquelas um pouco maiores, que se mostram superinteressadas em leitura e escrita. O “brincar” com as letras, nessas duas faixas de idade, exercem um papel lúdico importantíssimo para o desenvolvimento das habilidades orais e escritas. E qual é o livro mais interessante para a criança despertar e usar como referência? Um dicionário ilustrado e/ou temático seria perfeito para a ocasião.

“O processo de alfabetização/letramento possui algumas semelhanças à aquisição de uma segunda língua. É seguramente a principal porta para o desenvolvimento do conhecimento da norma padrão da língua e uma ferramenta importante para o desenvolvimento do léxico na segunda língua. Um bom dicionário exerce um papel fundamental em nossa aprendizagem”, comenta Marcelo Rangel, professor e mestre em linguística pela (USP), Universidade de São Paulo.

Agora pense no caso de alguém aprendendo um segundo idioma. Ter acesso ao léxico, mais uma vez, é essencial. É claro que, quando estudamos uma segunda língua, saber explicar o significado de algo importante é uma estratégia de uso da língua, mas ser conciso é uma arte. É aí que entra o dicionário. É por meio dele que encontramos a palavra certa para transmitir uma ideia de forma mais objetiva, sem grandes rodeios. Recorrer ao dicionário é uma forma inteligente de evitar ruídos na comunicação e “economizar saliva”.

Parceiro ideal para os viajantes

Para aqueles que resolvem se aventurar em um país cuja língua não dominam – nível básico/intermediário do idioma local – qual meio o viajante irá utilizar quando quiser ou precisar se comunicar de forma eficiente com um habitante local: um dicionário ou um livro de gramática? Nesses casos, além dos tradicionais guias de viagem, que dão uma boa orientação sobre culinária, pontos turísticos, etc., o dicionário da língua é o utensílio que não pode ficar fora da mala.

“Claro que estudar a estrutura da língua, assim como sua pronúncia e expressões idiomáticas, é essencial. Isso é sine qua non no estudo de línguas. Mas o que é mais importante para quem já está lá? Saber a estrutura ou as palavras mais importantes para evitar algumas mímicas?”, completa Rangel.

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